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Bullying na escola: o que é, consequências e como combater

8 de agosto de 2018
12 minutos
Bullying na escola: imagem mostra aluna com expressão aflita

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A convivência escolar oferece diversas oportunidades de aprendizado e descobertas. Entretanto, quando a gestão não mantém sua atenção próxima à experiência dos estudantes, algumas situações preocupantes podem ser negligenciadas, como o bullying na escola. Para ajudar você a entender como resolver e prevenir o bullying na escola, preparamos algumas dicas importantes. Continue a leitura e confira como manter um ambiente seguro e acolhedor dentro da sua instituição escolar.

O que é bullying?

Bullying é uma prática que se refere a comportamentos repetidos de intimidação, agressão ou abuso físico, verbal, emocional ou psicológico por parte de um ou mais estudantes em relação a outro. É um termo de origem inglesa, que pode ser entendido em nosso idioma como “intimidar”, “oprimir” ou “maltratar”. Esse comportamento agressivo é intencional e repetitivo, que pode ser praticado por um ou mais agressores. Com a recorrência dessa agressão, as vítimas sofrem com a queda de rendimento escolar e o isolamento. Em alguns casos, o estudante fica desestimulado em continuar naquela escola, o que impacta na taxa de evasão. Outras possíveis consequências do bullying são os traumas psicossomáticos que impactam o desenvolvimento humano social de cada uma das vítimas.

Tipos de  bullying na escola

O bullying na escola pode ser praticado como: agressões verbais, físicas, exclusão social, agressões virtuais, assédio sexual, discriminação racial e por identidade de gênero. Abaixo, explicamos como reconhecer e entender esses diferentes tipos para poder combatê-lo eficazmente. 

Bullying verbal

Este tipo de bullying envolve o uso de palavras cruéis, insultos, apelidos pejorativos, zombarias e ameaças verbais para intimidar ou humilhar a vítima. Pode ocorrer pessoalmente ou por meio de mensagens de texto, redes sociais ou outras formas de comunicação digital.

Bullying físico

O bullying físico envolve agressões físicas diretas, como empurrões, socos, chutes, beliscões e outros atos de violência física contra a vítima. Pode resultar em ferimentos físicos e traumatismo emocional para a vítima.

Bullying relacional ou social

Este tipo de bullying envolve a exclusão social, disseminação de boatos, disseminação de rumores, manipulação social e isolamento intencional da vítima. O objetivo é prejudicar a reputação e o status social da vítima perante seus pares.

Bullying cibernético

O bullying cibernético ocorre por meio de dispositivos eletrônicos, como telefones celulares, computadores e tablets, e inclui o envio de mensagens de texto ameaçadoras ou ofensivas, publicação de conteúdo humilhante ou difamatório em redes sociais, compartilhamento de fotos ou vídeos constrangedores e assédio online.

Bullying sexual

Este tipo de bullying envolve comportamentos sexuais indesejados, como assédio, abuso sexual, comentários sexistas ou piadas de mau gosto, e outros tipos de intimidação sexual que visam causar desconforto ou constrangimento à vítima.

Bullying racial ou étnico

O bullying racial ou étnico envolve discriminação, preconceito e hostilidade baseados na raça, etnia, nacionalidade ou origem cultural da vítima. Isso pode incluir insultos raciais, piadas étnicas, ataques verbais ou físicos motivados por preconceitos raciais.

Bullying por orientação sexual ou identidade de gênero

O bullying por orientação sexual ou identidade de gênero envolve a intimidação, discriminação e hostilidade contra pessoas LGBT+ ou aquelas percebidas como tal. Isso pode incluir insultos homofóbicos, transfóbicos, ataques verbais ou físicos e exclusão social. É importante ressaltar que esses diferentes tipos de bullying muitas vezes se sobrepõem e podem ocorrer simultaneamente. Além disso, qualquer forma de discriminação pode ter um impacto significativo na saúde emocional, bem-estar e desempenho acadêmico das vítimas, tornando essencial que as escolas adotem medidas eficazes de prevenção e intervenção para combater o bullying em todas as suas formas.

Quais são as consequências do bullying na escola?

O bullying na escola gera consequências como:
  • problemas emocionais e psicológicos, por exemplo, ansiedade, depressão, baixa autoestima, isolamento social e pensamentos suicidas.
  • sintomas físicos, como dores de cabeça, distúrbios alimentares, problemas de sono e fadiga.
  • queda no desempenho escolar, como falta de concentração e interesse pelos estudos.
  • comportamentos agressivos ou destrutivos, como uso de drogas, álcool e violência.
  • dificuldades em estabelecer relacionamentos saudáveis e duradouros.
Portanto, é essencial que a escola e os pais tenham atenção aos sinais de bullying e forneçam apoio e orientação adequados às crianças que sofrem esse tipo de violência.

O que diz a Lei sobre o bullying na escola?

A Lei 13.185/2015, conhecida como Lei Antibullying, define o bullying como “todo ato de violência física ou psicológica, intencional e repetitivo, que ocorre sem motivação evidente, praticado por indivíduo ou grupo, contra uma ou mais pessoas, com o objetivo de intimidá-la ou agredi-la, causando dor e angústia à vítima, em uma relação de desequilíbrio de poder”. Entre as medidas previstas pela lei, estão:
  • criação de comissões de prevenção e combate ao bullying nas escolas;
  • promoção de campanhas de conscientização;
  • realização de atividades educativas;
  • capacitação de professores e funcionários das escolas para identificar e combater o bullying.
Caso o bullying seja identificado, é importante que a escola tome providências imediatas para proteger a vítima e punir o agressor, além de informar os responsáveis da vítima sobre o ocorrido. Nessas situações, a lei prevê que a escola pode aplicar sanções disciplinares, como advertência, suspensão e até mesmo a transferência do agressor para outra escola. Em casos mais graves, a escola deve comunicar as autoridades competentes, como a polícia ou o Conselho Tutelar.

Como identificar o bullying na escola?

O bullying na escola pode apresentar a mudança de comportamento na vítima, queixas físicas frequentes, falta de apetite ou alteração na alimentação e isolamento social.  Entretanto, identificar o bullying na escola pode não ser uma tarefa fácil, pois muitas vezes as vítimas não falam sobre o assunto e os agressores podem ser bastante sutis em suas ações.  Abaixo, entenda como esses sinais podem se manifestar em uma criança ou adolescente.

Mudança de comportamento

As mudanças bruscas de comportamento podem indicar que a criança ou adolescente esteja passando por violência na escola, como:
  • tristeza;
  • isolamento;
  • agressividade;
  • perda de interesse pelas atividades escolares;
  • queda no rendimento acadêmico.

Queixas físicas frequentes

Caso a criança ou adolescente comece a reclamar de dores de cabeça, estômago ou apresentar outras queixas físicas sem motivo aparente, pode ser um sinal de que está sendo vítima de bullying.

Falta de apetite ou alteração na alimentação

Outro sinal de alerta é quando a criança ou adolescente começa a recusar comida, ou apresenta uma alimentação desequilibrada.

Isolamento social

Uma das principais características de uma pessoa que sofre bullying é o isolamento social. Assim, é preciso se atentar a criança ou adolescente que evitam o convívio social na escola e apresentam dificuldades em fazer amigos. Ao identificar uma vítima de bullying, a escola deve tomar medidas imediatas para proteger a vítima e interromper o comportamento agressivo. Algumas ações que a escola pode tomar incluem:
  • conversar com a vítima para entender a extensão do problema e como ele está afetando o seu bem-estar;
  • conversar com os pais da vítima para informá-los sobre o que está acontecendo e trabalhar em conjunto para encontrar uma solução;
  • conversar com o agressor e seus pais para informá-los sobre as consequências do comportamento e garantir que ele pare de assediar a vítima;
  • proporcionar apoio psicológico para a vítima, bem como para o agressor, se necessário;
  • monitorar a situação para garantir que o bullying não recomece e que a vítima se sinta segura e protegida.

Como solucionar o bullying?

A solução ao bullying começa com a prevenção. Para isso, é preciso políticas e procedimentos claros para lidar com a situação, além de garantir que todos os membros da comunidade escolar estejam cientes dessas políticas e as sigam. A seguir, trouxemos algumas dicas de combate ao bullying na escola. Confira!

Reconheça a existência do bullying

O primeiro passo para diminuir a frequência desse tipo de violência é reconhecer que o bullying na escola existe. Segundo dados do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), o Brasil é o quarto país onde a prática é mais frequente nas escolas. Dos estudantes — de 11 a 12 anos — entrevistados, 43% afirmaram já terem sofrido com esse tipo de violência. Outra pesquisa, desenvolvida pela Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais, em parceria com o Ministério da Educação (MEC), mostra que o ambiente escolar é um espaço produtor dessa violência. Por isso, é importante que todo o corpo docente e a direção escolar tenham em mente que o bullying na escola é um fenômeno presente e, por isso, é importante elaborar estratégias e mecanismos para combatê-lo.

Puna os responsáveis

Cientes das graves consequências do bullying na escola, em novembro de 2015 foi assinada a Lei n.º 13.185, conhecida como Lei do Bullying. Segundo o documento, os agressores são responsabilizados pelas agressões sistemáticas presenciais ou virtuais (conhecidas como cyberbullying). A legislação também traz obrigações para a direção escolar, que deve adotar campanhas e ações de conscientização sobre essa agressão na escola. Além disso, cabe à instituição a elaboração de um plano de ação encarregado de diminuir a frequência de agressões entre os estudantes. A punição dos responsáveis por promover essa agressão precisa ser consciente e estar no plano de ação da escola. Ou seja, os diretores precisam elaborar uma abordagem adequada considerando o cenário e as condições sociais dos seus estudantes. Entretanto, é imprescindível que haja alguma forma punitiva, a fim de evidenciar que tal atitude não será aceita ou negligenciada.

Mantenha uma comunicação transparente com os familiares

A prática de bullying pode ser um reflexo da relação familiar do estudante. Segundo uma pesquisa da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP) da USP, o convívio ruim em casa é um dos fatores que afetam o comportamento dos estudantes. Nesse sentido, ter um diálogo frequente com os familiares auxilia na compreensão de todo o cenário vivenciado pelo aluno. Em alguns casos, a agressão praticada em ambiente escolar pode ser resultado da forma que a criança ou o adolescente se sente dentro de seu ambiente familiar. Portanto, manter uma comunicação transparente com os familiares é fundamental para tratar a questão em sua raiz. A gestão escolar deve convidar os responsáveis para conversar sobre a conduta do estudante, além de promover eventos de conscientização sobre valores, como respeito e a solidariedade. Ao promover uma comunidade mais empática, a escola impactará não apenas os alunos, mas toda a sua estrutura familiar. Essa ação é mais acertada e poderá trazer efeitos positivos e eficientes no combate ao bullying.

Treine adequadamente a equipe escolar

Outro ponto importante na prevenção ao bullying é contar com uma equipe de professores e funcionários preparada e capacitada. Para tanto, a gestão escolar precisa incentivar os colaboradores a participarem de palestras e encontros que debatam as técnicas e didáticas nas salas de aula. Ao presenciar uma situação de agressão, os docentes devem estar aptos a agirem de forma efetiva e consciente. Deve-se conscientizá-los a não negligenciar bilhetinhos com mensagens pejorativas ou comentários agressivos na sala de aula. Além disso, todos os colaboradores da escola precisam tomar posse das campanhas e ações de conscientização de combate ao bullying articuladas pela instituição de ensino. Dessa forma, será possível elaborar uma rede de apoio e agentes ativos.

Conscientize todos os alunos

Promover a conscientização dos estudantes envolve um planejamento que valorize o respeito. É importante ensinar os alunos que apelidos pejorativos, agressões físicas, divulgação de fotos e vídeos online são agressões sérias e precisam ser evitadas. Para tanto, atividades lúdicas e didáticas podem ser grandes aliadas. Outra maneira de promover o respeito nas salas de aula é organizar rodas de conversa e trabalhos que aprofundem o conhecimento sobre o bullying. Quanto mais consciência e conhecimento o estudante tiver sobre esse tipo de agressão, menor será a tendência de praticá-lo.

Não subestime o cyberbullying

Existem 116 milhões de brasileiros conectados à internet atualmente, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Além disso, diariamente uma pessoa passa três horas e meia utilizando redes sociais para comunicar ou interagir. Diante desses números, é possível perceber que as pessoas estão cada vez mais conectadas. Dessa forma, algumas práticas do cotidiano são transportadas para o ambiente virtual. O bullying é uma dessas atividades. O percentual de vítimas do cyberbullying sobe anualmente. Por isso, a gestão escolar também precisa estar consciente das atividades e possíveis agressões que algum estudante pode estar sofrendo de forma on-line. Como esse tipo de violência acontece em um ambiente difícil de ser monitorado, a melhor maneira de perceber o ciberbullying é manter um diálogo franco e aberto com os estudantes.  Além disso, muitas vezes a agressão online invade os corredores da escola, por meio de comentários. Por isso, vale a pena manter a atenção no comportamento dos estudantes durante os intervalos de aula. Combater o bullying na escola é correlacionar ações e atividades de conscientização e combate. Para tanto, vale a pena investir em uma comunicação próxima e aberta entre escola, professores, alunos e familiares, abordando a temática sem medo e de forma didática.

Resumindo

O que é bullying?

Bullying é um comportamento repetido de intimidação, agressão ou abuso físico, verbal, emocional ou psicológico por parte de um ou mais estudantes em relação a outro, causando dor e angústia à vítima.

Quais são as consequências do bullying na escola?

O bullying na escola pode gerar diversas consequências negativas, incluindo problemas emocionais e psicológicos, como ansiedade e depressão, e sintomas físicos, como dores de cabeça e problemas de sono. Além disso, as vítimas frequentemente apresentam queda no desempenho escolar e falta de interesse pelos estudos.

O que diz a Lei sobre o bullying na escola?

A Lei 13.185/2015, conhecida como Lei Antibullying, define o bullying e prevê medidas como a criação de comissões de prevenção, campanhas de conscientização e capacitação de professores para combater a prática nas escolas.

Como solucionar o bullying?

Para solucionar o bullying, reconheça sua existência e aplique punições adequadas aos agressores. Mantenha uma comunicação aberta com os familiares e capacite a equipe escolar para lidar com essas situações. Promova atividades que incentivem o respeito e a empatia entre os alunos.

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